Como identificar os sinais de que o freio do carro vai dar problema?
Os condutores devem ficar atentos aos sinais que podem indicar que o freio do carro pode vir a dar problemas.
Assim como o nosso corpo, os veículos também nos dão sinais indicando quando algo não vai bem. O freio do carro, por exemplo, pode apresentar sintomas de que há defeitos em seu sistema. Alguns deles podemos observar claramente como um barulho ao pisar no pedal, ou o pedal muito duro ou muito baixo. Ou ainda, quando acende uma luz indicativa no painel.
Enfim, há vários indicativos, mas, a questão prioritária é: os motoristas devem se manter atentos aos sinais que podem indicar que o freio do carro pode vir a dar problemas.
Neste sentido, conversamos com Sergio Torigoe, engenheiro mecânico e proprietário da Oficina Automotiva Sustentável Torigoe, em São Paulo.
Ele ressalta que uma das principais preocupações quando pensamos em falha na frenagem é evitar acidentes. E, portanto, torna-se de extrema importância manter a manutenção preventiva do sistema de freios em dia, contribuindo para a segurança dos ocupantes do veículo e de outras pessoas.
“Além de evitar carro parado na via, com possibilidade de provocar acidentes ou congestionamentos, existe o fato de que a manutenção preventiva é financeiramente mais viável do que uma corretiva. Uma vez que a falha no sistema de freios pode ocasionar acidentes e muitos outros problemas, oferecendo riscos para as pessoas e gastos imprevistos”, destaca o engenheiro.
Durabilidade
Torigoe informa que vários fatores podem contribuir para a durabilidade do sistema de freios de um veículo. Por exemplo, se o uso é mais na cidade ou em estrada, se é um veículo de passeio ou de carga. Além disso , pode depender, até de como o condutor dirige o seu veículo.
De acordo com o engenheiro, a revisão do sistema é recomendada a cada 10 mil km para que se verifique a condição das peças e se necessária, seja feita a devida manutenção. “Essa informação também pode ser verificada junto ao manual de proprietário dos veículos”, acrescenta.
Torigoe recomenda ainda “sempre dirigir mantendo distância do veículo da frente, evitando assim freadas bruscas. Procurar utilizar o recurso de freio-motor, que nada mais é do que controlar a velocidade do veículo com o uso adequado das marchas, não sobrecarregando o sistema dos freios em descidas muito íngremes. Além disso, manter sempre o sistema de suspensão do veículo em dia, evitando a sobrecarga do veículo no momento da frenagem”, aconselha.
Penalidade para quem dirige com os freios já desgastados
O que nem todos sabem é que existe penalidade para os condutores que dirigem com os freios desgastados.
Ele explica que, em casos de acidente, o juiz pode, por exemplo, solicitar uma perícia no veículo para constatar se houve falha em algum componente do sistema de freios, contribuindo assim para a informação das causas e constatação de penalização para o culpado do acidente.
“Recomendamos sempre revisar preventivamente o sistema de freios a cada 10 mil km ou quando existir qualquer anomalia. Avaliar o estado do fluido de freio quanto a contaminação e fazer a sua troca anualmente. E por último, mas não menos importante, sempre realizar a manutenção do sistema de freios utilizando peças reconhecidas e recomendadas pelo mercado ou fabricante do veículo”, orienta e finaliza o engenheiro mecânico Sergio Torigoe.
Saiba como cada um dos sinais abaixo nos ajudam a identificar que o freio do carro vai dar problema:
- Trepidação no pedal: discos de freios empenados, perda de aderência de pastilhas e lonas;
- Chiados ou assobios: desgaste das pastilhas e discos de freios;
- Pedal “muxibento”: perda de pressão hidráulica, falta de ajuste das lonas de freio e componentes, fluido de freio contaminado;
- Apresentação Pedal duro: travamento das pinças de freios, perda de eficiência do servo-freio;
- Pedal muito baixo: desgaste excessivo das pastilhas e lonas de freio, vazamento no sistema hidráulico;
- Luz no painel: nível do fluido de freio, anomalia no sistema ABS;
- Carro puxando quando o freio é acionado: defeito na suspensão, válvula equalizadora com travamento ou travamento excessivo de alguma roda;
- Rodas tentando travar: pinças do freio empenadas, pedal do freio enroscando ou ABS defeituoso;
- ABS atuando freadas leves: ABS defeituoso;
- Nível do fluido: vazamento no sistema hidráulico, pastilhas e lonas desgastadas.
Fonte: Portal do Trânsito